terça-feira, 20 de outubro de 2009

Obter Ajuda e Tratamento


Não existe uma cura única e reconhecida para a bulimia mas há uma variedade de opções de tratamento. Cada bulímico trabalha com profissionais de saúde mental para conceber uma fusão de tratamentos que se adeqúem a todos os seus comportamentos e preocupações. Os tratamentos comuns para a bulimia incluem aconselhamento/terapia, aconselhamento/terapia familiar, terapia cognitivo-comportamental (para alterar os hábitos alimentares), uso de grupos de apoio ou terapia de grupo e aconselhamento e planeamento nutricional. Raramente é utilizada medicação como tratamento para a bulimia, a não ser que seja receitada para tratar condições que lhe estejam associadas, tais como a depressão. Pode ser obtida informação adicional relativamente ao diagnóstico e tratamento da bulimia através de um médico de clínica geral, um profissional de saúde mental ou através de outras entidades competentes.

Sinais de Bulimia

Apesar de a bulimia estar na maioria das vezes associada a uma fraca auto-estima e fraca auto-confiança, são os comportamentos dos bulímicos que denunciam o seu transtorno alimentar ao exterior. A bulimia é um transtorno alimentar que se manifesta através de uma alimentação compulsiva e estes comportamentos são os sinais característicos deste transtorno. Muitos bulímicos têm também comportamentos que se tornam sinais de aviso, tais como:


● Esconder a comida reservada para episódios de voracidade (incluindo frequentemente pão, massa, doces, sobremesas, batatas fritas e gelados. No entanto, qualquer tipo de comida pode ser consumida durante a ingestão compulsiva);

● Mentir sobre o que comeram;

● Comer compulsivamente em segredo;

● Vomitar em segredo;

● Esconder artigos como laxantes ou diuréticos;

● Deixar a água da torneira ou do duche a correr na casa de banho para disfarçar os episódios de purgação;

● Demonstrar uma preocupação profunda em relação ao peso, forma do corpo e aspecto em geral;

● Queixas frequentes em relação a dores de garganta (causadas pelos repetidos vómitos);

● Queixas frequentes em relação a problemas dentários (também causados pelos vómitos);

● Esconder-se atrás de roupas largas e soltas;

● Demonstrar pouco ou nenhum impulso sexual.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Historia real!



"Eu tenho 19 anos, mas desde que me lembro de ser eu que vivo atormentada com o facto de simplesmente detestar o meu corpo e nunca conseguir mudar esse sentimento. Lembro me que a 1a vez que me senti realmente infeliz, foi aos meu 12 anos quando entrei para a escola publica e comecei a reparar nas pessoas que me rodeavam, e o mais difícil ainda, a olhar me ao espelho. Para piorar a situação tenho uma irmã perfeita (linda, de olhos verdes, loura, magra) e sempre me senti atormentada pelo facto de ter herdado todos os "maus genes" da família. Depois comecei apenas com 12 anos a ter comportamentos bulímicos, a comer compulsivamente (especialmente nos dias mais difíceis) e a provocar o vómito. Em casa nunca ninguém reparou no que se passava e se passa, o que me trás a sensação de que moro e sempre morei com verdadeiros estranhos, que nem de perto conhecem o meu verdadeiro "eu". Bem voltando ao assunto, desde então tenho comportamentos bulimicos, umas vezes mais frequentes, outras menos. Normalmente acontece diariamente, o que prejudica em muito a minha vida, pois as vezes sinto me muito fraca, já tenho problemas de estômago e como ando na faculdade e passo lá a maior parte do meu tempo não é fácil lidar com isto sem que ninguém perceba. As vezes tenho ataques de ansiedade tão grandes que sou capaz de comer três almoços seguidos é horrível, a encher me de comida até ficar tão mal disposta que vou directamente para a casa de banho, não preciso de provocar absolutamente nada. E o sentimento de culpa que me persegue cada vez que como algo, comer as escondidas para que os outros não me vejam, quando na verdade estou a tentar esconde-lo de mim própria. Já tentei diversas dietas ditas saudáveis, mas acabo por estragar sempre tudo, porque como costumo dizer a carne é fraca, não resisto a uma boa pizza ou a um pedaço de chocolate, e depois mando tudo fora inundada de um misto de raiva e desespero. A obsessão que vivo tem repercussões em todos os aspectos da minha vida: sei que não tenho as notas que poderia ter porque não tenho vontade de fazer nada, não me sinto minimamente motivada para fazer seja o que for; quanto á minha vida social até nem é assim tão má, tenho alguns amigos (poucos mas bons) mas é bastante difícil criar novas relações, quando me vejo dentro de um espaço social normalmente retraio-me, sou bastante tímida e possuo uma auto-estima que mete dó, não tenho confiança; quanto a relações amorosas, acho que este é o ponto em que mais me afecta. Para alem de ter tendência para atrair pessoas com uma personalidade bastante forte, que me controlam por completo e fazem de mim basicamente tudo o que querem, também me culpo por tudo o que corre mal. Nunca me senti realmente merecedora do amor de ninguém, não sou bonita, nem sensual, nem atraente o suficiente para alguém me querer ao seu lado. Por isso limito me ter relações superficiais que apenas me trazem ainda mais desilusões e infelicidade. Na verdade não consigo gostar de ninguém. Sempre pensei que com o correr dos anos iria ultrapassar tudo isto, amadurecer e sentir me bem comigo mesma, pensava que era uma fase, coisas de adolescência pensava eu, mas já tenho quase 20 anos e sinto me exactamente como me sentia há 8 anos atrás, senão pior. Continuo a querer passar despercebida na rua, ser invisível, continuo a caminhar de cabeça baixa, continuo a vomitar, continuo a sentir me patética por ser assim e ter estes comportamentos, continuo infeliz. E não sei como mudar".

Sara, 19 anos





terça-feira, 6 de outubro de 2009

Diferenças

Bulimia:

.Medo de engordar
.Alimentação compulsiva (incapacidade de controlar tais episódios)
.Peso normal
.Os períodos menstruais tornam-se irregulares
.Uso excessivo de laxantes e/ou indução do vómito

ANOREXIA:

.Medo de engordar
.Restrição da alimentação
.Perca excessiva de peso
.Prática excessiva de exercício físico
.Os períodos menstruais tornam-se irregulares ou mesmo inexistentes